domingo, 24 de março de 2013

NÚMEROS CONTUNDENTES

(Com a devida vénia ao imprensafalsa.com)
(Com a devida vénia ao corporacoes.blogspot.com)


O cidadão comum não necessita de grandes números macro para compreender no seu dia-a-dia que a austeridade a todo o custo não está a produzir os efeitos anunciados. Ele sabe quanto o seu rendimento disponível e a sua capacidade de solver compromissos foram afetados e basta-lhe confrontar essa penosidade com os horizontes do presente e futuro para perceber que tudo falhou. Podem dizer-lhe que o défice externo se comprimiu consideravelmente, reduzindo as necessidades de financiamento externo, mas basta-lhe ouvir as notícias sobre o crescimento da dívida e os juros que o país tem para pagar para achar essa melhoria uma treta de menor importância.
Há quem lhe fale que entrámos numa espiral recessiva (o próprio Presidente tem insistido nessa mensagem), o próprio ministro das Finanças parece rendido a essa inevitabilidade, mas são conceitos difíceis de apreender para quem não tem formação elementar em Economia.
De toda a panóplia de informação que os jornais de fim de semana nos trazem, o Expresso avança com um número bastante contundente quanto à ineficácia da austeridade a todo o custo e quanto aos consequentes custos económicos e sociais que tais medidas estão a implicar para o país. O número é apenas este: “Apenas um terço da austeridade contribuiu para reduzir o défice: Governo aplica medidas de 23.800 milhões de €, entre 2011 e 2013, para baixar défice em 6.600 milhões de €. Mesmo no défice estrutural o corte é apenas de 11.700 milhões de €”.
Não estará tudo dito?

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