(Com a devida vénia ao imprensafalsa.com)
(Com a devida vénia ao corporacoes.blogspot.com)
O cidadão comum não necessita de grandes números
macro para compreender no seu dia-a-dia que a austeridade a todo o custo não
está a produzir os efeitos anunciados. Ele sabe quanto o seu rendimento disponível
e a sua capacidade de solver compromissos foram afetados e basta-lhe confrontar
essa penosidade com os horizontes do presente e futuro para perceber que tudo
falhou. Podem dizer-lhe que o défice externo se comprimiu consideravelmente,
reduzindo as necessidades de financiamento externo, mas basta-lhe ouvir as notícias
sobre o crescimento da dívida e os juros que o país tem para pagar para achar
essa melhoria uma treta de menor importância.
Há quem lhe fale que entrámos numa espiral recessiva
(o próprio Presidente tem insistido nessa mensagem), o próprio ministro das
Finanças parece rendido a essa inevitabilidade, mas são conceitos difíceis de
apreender para quem não tem formação elementar em Economia.
De toda a panóplia de informação que os jornais
de fim de semana nos trazem, o Expresso avança com um número bastante
contundente quanto à ineficácia da austeridade a todo o custo e quanto aos
consequentes custos económicos e sociais que tais medidas estão a implicar para
o país. O número é apenas este: “Apenas
um terço da austeridade contribuiu para reduzir o défice: Governo aplica medidas
de 23.800 milhões de €, entre 2011 e 2013, para baixar défice em 6.600 milhões
de €. Mesmo no défice estrutural o corte é apenas de 11.700 milhões de €”.
Não estará tudo dito?
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