(Não apenas
por cá …)
A radicalização da vida política e empresarial vai emergir certamente como
um produto da profunda alteração a que as relações entre capital e trabalho têm
sido conduzidas, não só pela globalização, mas também no plano europeu pela
ardilosa montagem da TINA com a complacência social-democrata.
Em França, mais propriamente na Air France, a ameaça de despedimento de 2.900 trabalhadores gerou o bom e o bonito, imagens que julgávamos armazenadas
nos arquivos. Casacos e camisas de CEO e diretores de recursos humanos destruídos
são uma imagem com uma carga altamente simbólica e verdadeiramente
ilustrativa da instabilidade estrutural sobre a qual temos voado. Não nos
admiremos com este tipo de situações dada a disparidade galopante entre a
remuneração média de CEO e o salário médio de trabalhadores. À qual deveremos
acrescentar toda a blindagem jurídica e contratual que protege CEO’s infratores como o da Volkswagen que consente
na maroteira e receberá uma choruda indemnização. Uma representação também
simbólica do estado das coisas: o capitalismo alemão está seriamente ameaçado
pela sua concentração na indústria automóvel e pelos riscos que o processo Audi
– Volkswagen introduziu. E o CEO responsável recebe uma indemnização choruda.
Esclarecedor …
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