segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A RADICALIZAÇÃO COMO INSTABILIDADE ESTRUTURAL




(Não apenas por cá …)

A radicalização da vida política e empresarial vai emergir certamente como um produto da profunda alteração a que as relações entre capital e trabalho têm sido conduzidas, não só pela globalização, mas também no plano europeu pela ardilosa montagem da TINA com a complacência social-democrata.

Em França, mais propriamente na Air France, a ameaça de despedimento de 2.900 trabalhadores gerou o bom e o bonito, imagens que julgávamos armazenadas nos arquivos. Casacos e camisas de CEO e diretores de recursos humanos destruídos são uma imagem com uma carga altamente simbólica e verdadeiramente ilustrativa da instabilidade estrutural sobre a qual temos voado. Não nos admiremos com este tipo de situações dada a disparidade galopante entre a remuneração média de CEO e o salário médio de trabalhadores. À qual deveremos acrescentar toda a blindagem jurídica e contratual que protege CEO’s  infratores como o da Volkswagen que consente na maroteira e receberá uma choruda indemnização. Uma representação também simbólica do estado das coisas: o capitalismo alemão está seriamente ameaçado pela sua concentração na indústria automóvel e pelos riscos que o processo Audi – Volkswagen introduziu. E o CEO responsável recebe uma indemnização choruda. Esclarecedor …

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