(Sob o
efeito e encanto de ser avô uma vez mais)
Tempo pouco propício para blogar. Não só porque há demasiada poeira no ar e
isso dificulta a reflexão crítica. Mas principalmente porque hoje bem cedo,
pois a manhã é o símbolo do começar, o Pedro apareceu no mundo, decidido a ser
Feliz, a fazer certamente aquilo que vai gostar de fazer e só espero que ele
tenha condições para colocar a sua vontade ao serviço desse projeto incontornável
que é fazer aquilo de que se gosta. Espero que a Margarida, o Francisco e agora o Pedro
aprendam a sentir a solidariedade dos laços da família e não serão 300 míseros
quilómetros entre o Porto e Lisboa a impedi-lo.
E uma coisa importante a reconhecer é que o afeto de avô não tem
rendimentos decrescentes, ele sai reforçado de cada nascimento.
Não estou seguro que possa contribuir para um mundo mais favorável à concretização
das suas aspirações futuras. Por isso, o afeto é certamente o único legado que
me resta deixar-lhes. Com o acelerar do tempo, se algum deles tiver interesse
ou curiosidade por ler os legados deste blogue daqui a alguns anos, é provável que
os textos sejam meras relíquias para memória futura, eventualmente sem grande
sentido para os jovens de amanhã. Cada qual tenta transformar com os
instrumentos que tem à mão. Por mais rudimentares que eles sejam. E estes são
simplesmente artesanais.
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