quinta-feira, 15 de outubro de 2015

GLORIFICAÇÃO DA VIDA




(Sob o efeito e encanto de ser avô uma vez mais)

Tempo pouco propício para blogar. Não só porque há demasiada poeira no ar e isso dificulta a reflexão crítica. Mas principalmente porque hoje bem cedo, pois a manhã é o símbolo do começar, o Pedro apareceu no mundo, decidido a ser Feliz, a fazer certamente aquilo que vai gostar de fazer e só espero que ele tenha condições para colocar a sua vontade ao serviço desse projeto incontornável que é fazer aquilo de que se gosta. Espero que a Margarida, o Francisco e agora o Pedro aprendam a sentir a solidariedade dos laços da família e não serão 300 míseros quilómetros entre o Porto e Lisboa a impedi-lo.

E uma coisa importante a reconhecer é que o afeto de avô não tem rendimentos decrescentes, ele sai reforçado de cada nascimento.

Não estou seguro que possa contribuir para um mundo mais favorável à concretização das suas aspirações futuras. Por isso, o afeto é certamente o único legado que me resta deixar-lhes. Com o acelerar do tempo, se algum deles tiver interesse ou curiosidade por ler os legados deste blogue daqui a alguns anos, é provável que os textos sejam meras relíquias para memória futura, eventualmente sem grande sentido para os jovens de amanhã. Cada qual tenta transformar com os instrumentos que tem à mão. Por mais rudimentares que eles sejam. E estes são simplesmente artesanais.

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