terça-feira, 27 de outubro de 2015

ANGOLA NÃO É NOSSA!



Importa assinalar aqui o dia em que Luaty pôs fim à sua greve de fome de 36 dias contra a “greve humanitária e de justiça” que varre a República Popular de Angola. E como já quase tudo foi dito, e bem dito, sobre a matéria central, aproveito para chamar a atenção para o modo como os angolanos vão sendo informados sobre um Portugal que se lhes apresenta como em permanente ataque e contestação contra eles e o seu Estado soberano. Com os requintes de um diretor do principal jornal que se pronuncia sobre nós com frases como “a economia portuguesa já não existe” ou “hoje nada mais resta a fazer do que trabalhar com o poder de Bruxelas, que é quem manda de facto em Lisboa” ou com moralismos do tipo “esperar pela compreensão dos portugueses para se trilhar um caminho comum de cooperação mutuamente vantajosa é pura perda de tempo” ou “o governo português volta a cair na asneira de se pôr do lado errado”. E se é certo que as nossas autoridades muito ajudaram a que nos puséssemos a jeito, baixando todas as guardas e cumprindo todas as subserviências, não o é menos que há limites para o uso da révanche e o abuso na indignidade...

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