(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)
Uma imagem impagável até aos limites do tocante, sobretudo por via daquele homenzinho grego na carroça que pergunta cândida e solidariamente can I help?. De facto, de março a abril haverá pouco que rir e dificilmente se poderia ir mais às banzadas canelas dos ricos e poderosos desta desgovernada e inconsequente Europa em que vivemos!
Abaixo, duas infografias úteis para juntar a um processo que continua a dar que falar e parece longe de estar finalizado e sob controlo. A primeira recorda o caráter familiar e regional do exercício do poder no Grupo em questão – por um lado, duas famílias (Porsche e Piëch) detêm 50% do controlo de uma sociedade holding que, embora acedendo apenas a 31,5% do capital, possui mais de 50% dos direitos de voto no Grupo; por outro lado, o Estado da Baixa Saxónia subscreveu 12,4% do capital do Grupo mas possui 20% da capacidade de decisão no seu interior. A segunda evidencia as perdas entretanto já identificadas e o seu possível alcance nos termos de um cálculo elaborado pelo “Crédit Suisse” – de destacar, e só para termos uma noção mínima das proporções, que o pior cenário ascende grosso modo ao valor do resgate sofrido por Portugal em 2011.
Convirá ainda não esquecer um facto óbvio: o de que quanto mais se forem tornando efetivos os riscos potenciais que impendem sobre a “Volkswagen” mais irá tremer a frágil economia portuguesa – onde a Autoeuropa pesa 1,1% no PIB e 3,7% nas exportações e recorre a fornecedores nacionais em 62% do total de bens e serviços que adquire, ao que haverá a acrescentar outros efeitos colaterais e os possíveis impactos decorrentes da inevitável quebra da procura externa. Não vai ser pera doce...
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