Em tempo, e por falar em Alemanha, valerá a pena sublinhar que as coisas parecem por lá mal paradas para uma Merkel em notória perda de popularidade e no seio da coligação (CDU/CSU) que comanda a “grande coligação”. Quanto à primeira componente, basta atentar no gráfico seguinte: desde início de agosto até ao presente, i.e., em menos de três menos, as intenções de voto na dupla CDU/CSU caíram 8% (de 43% para 35%) por contrapartida essencial de uma subida de 5,5% do AfD (Alternative für Deutschland), um partido em transição acelerada de um posicionamento centralmente eurocético para um foco eminentemente anti-imigração, e com o apoio ao SPD a manter-se rigorosamente inalterado.
Neste quadro, Merkel estará entre dois fogos, ambos internos à sua área política: o ambicioso Schäuble, que ainda não terá desistido de vir a ocupar o posto de chanceler, e o líder do partido irmão bávaro, um estranhíssimo Horst Seehofer que começa a emergir como o principal rosto de alguma oposição em face da chocante atuação de um SPD paralisado e inofensivo em termos de apresentação de uma agenda alternativa mínima. Seehofer já há dias veio propor o fecho das fronteiras alemãs aos refugiados, salientando mesmo estar convencido de que tal proposta seria maioritária junto dos parlamentares CDU/CSU. Estará este cromo a fazer o trabalho sujo para abrir caminho a uma triunfante entrada de Schäuble?
(Erl, http://de.toonpool.com)
(Erl, http://de.toonpool.com)
(Heiko
Sakurai, http://www.berliner-zeitung.de)
(Erl, http://de.toonpool.com)
Sem comentários:
Enviar um comentário