segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O NOSSO NOVO NÚMERO DOIS

(Álvaro Santos, http://www.dn.pt)

Custa sempre ouvir uns miúdos malcriados e amuados, uns mangas de alpaca dos gabinetes parlamentares e dos debates televisivos, uns martelões democráticos feitos à pressa ou uns servidores mafiosamente acríticos do que lhes for sendo ordenado pelas respetivas chefias a dirigirem-se destemperadamente a uma figura com a sólida vivência cívico-política de Eduardo Ferro Rodrigues. Mas paguei de boa-vontade esse preço para poder assistir à histórica eleição deste para segunda figura do Estado português, num ato que só levemente contribuiu para limpar (que não desculpar) os vergonhosos desmandos de que foi alvo durante anos, num kafkiano processo em que a real impunidade autoral parece ter inapelavelmente escapado à denúncia pública e à acusação judicial. Citando o próprio Fefé: “um dia inesquecível”...

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