terça-feira, 27 de outubro de 2015

O VIGÉSIMO

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)


Começou a ser hoje colocada uma pedra tumular sobre o resistente e de má memória XIX Governo Constitucional. De registar que dos doze magníficos que inicialmente tomaram posse em 2011, oito estiveram do princípio ao fim da legislatura – eles são, e queiram descobri-los na primeira imagem acima: da esquerda para a direita, Crato, Macedo, Paula, Passos, Cristas, Portas, Aguiar e Mota. A estes poderíamos ainda acrescentar mais dois que também datam dos primórdios mas só a meio chegaram a lugar ministerial (Albuquerque substituindo Gaspar e Guedes substituindo parcialmente Relvas). E Miguel Macedo também teria ido até ao fim, não fora ter sido apanhado na curva dos amiguismos chineses. Sobra Álvaro, o único verdadeiramente “encornado” (pedindo que se releve o termo) dos acima representados governantes de 2011.

Quanto aos ministeriáveis hoje conhecidos, eles desta vez já serão dezassete à mesa mas espera-se que continuem a compensar viajando em “económica”. Além do chefe e dos incontornáveis “irrevogáveis”, podemos agrupar as saídas e entradas como surge organizado na segunda imagem acima: há sete ministros que tinham de o ser por razões humanitárias e partidárias diferentes (linha de cima) e sete outros que são novidades de recorte diverso (linha de baixo), havendo ainda mais sete (incluindo Barreto Xavier) que saem a diferenciados títulos (linha do meio). O mais enternecedor nesta fase está nos ministros feitos à pressa: Leal da Costa será por uns dias o ministro do humor negro na Saúde (que bem funcionam os nossos serviços de urgência!) e Teresa Morais chegará ao cargo sem grande tempo para estragar (a arrumação da Cultura com a Igualdade e a Cidadania é bizantina, mas vale uma designação que não deixa de ter a originalidade necessária a um excitante relato futuro da senhora aos netos). Ah, e já agora caro leitor, faça os possíveis por não faltar à posse de Sexta-Feira – a oportunidade é única...

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