Já devem ter notado que a relação entre stocks e fluxos me fascina na economia.
Vem isto a propósito da progressiva atenção que é
dada à perspetiva da desigualdade endémica que grassa pelas economias de
mercado baseada na riqueza (um stock) e não no rendimento (um fluxo), embora a
investigação existente e a evidência empírica disponível sejam bastante mais
incipientes do que a abordagem via rendimento.
No House of Debt, que vale cada vez mais acompanhar de perto, Mian e Sufi destacam o relevo de investigação preliminar
de Emmanuel Saez e de Gabriel Zuckman sobre a distribuição da riqueza na
economia americana no tempo longo.
O gráfico que abre este post fala por si e a decomposição
do 1% mais rico ainda mais.
Não podemos ignorar que variáveis como o consumo,
o aproveitamento de oportunidades, os investimentos em capital humano que as
famílias e os indivíduos podem realizar não dependem apenas do rendimento. Um
bom tema de acompanhamento futuro.
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