Pé ante pé – literalmente no caso vertente, como veremos –, a gestão autárquica de António Costa em Lisboa prossegue a sua exemplar trajetória. Também com a noção plena de quanto o Diabo está nos detalhes, i.e., de que as “pequenas coisas” devem ser objeto de uma atenção tão cuidada como aquela que habitualmente dedicamos aos grandes e mais mediáticos temas.
O exemplo que me chegou desta vez foi a do novo “Plano de Acessibilidade Pedonal”, já aprovado e em aplicação sob a direção do arquiteto e atual vereador Manuel Salgado. Ouvi-o em poucos minutos de um bloco noticioso televisivo, claro e direito ao assunto: “Conjugando estes dois aspetos – uma cidade que é muito acidentada e uma população que é muito envelhecida – nós temos constatado que efetivamente o pavimento tradicionalmente utilizado na cidade de Lisboa em determinadas situações é perigoso.” Ou, precisando: “A situação é de facto, como lhe disse, encontrar o equilíbrio entre manter um elemento distintivo da cidade [a calçada, principalmente a calçada artística] e simultaneamente ter os pavimentos seguros e confortáveis para as pessoas que cá vivem e que nos visitam.” Ou, precisando ainda: “Agora definimos uma regra que é: quando há ruas que têm inclinações superiores a 6% - isso foi uma norma que fixamos internamente – um dos passeios, pelo menos, tem que ser em material aderente.”
Diz o povo que só Deus pode fazer milagres. Mas, ainda assim, quando o conhecimento, a visão e a estratégia se encontram com o trabalho, a sobriedade e o sentido de serviço público, pode haver mais luz na vida das gentes...
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