Hoje, já pelo início da madrugada, cerca de
cinquenta pessoas da sociedade civil alentejana discutiam ainda, no ECORK Hotel
em Évora, com a minha presença, do Presidente da CCDR Alentejo Dr. António Dieb
e do Professor da Universidade de Évora Paulo Neto, meu companheiro nas
andanças da territorialização de políticas públicas, as questões das qualificações
e da competitividade na antecâmara de um novo período de programação de Fundos
Estruturais.
A Associação Alentejo de Excelência é uma
manifestação interessante de manifestação da sociedade civil, animada pelo
entusiasmo do Dr. José Santos da Entidade Regional do Turismo do Alentejo e com
a participação animada de jovens empresários, na qual se destaca uma elevada
participação de jovens empresárias. É curiosa esta expressão do género feminino
em tudo que mexe de diferente na sociedade alentejana, sobretudo numa sociedade
em que as praças tão acolhedoras e reveladoras das amenidades urbanas de um
território ímpar ainda nos mostram uma presença massiva do homem (elas estão em
casa a preparar o almoço e a concretizar o trabalho de uma semana. A capacidade
feminina de empreendimento representa no meu entender uma reação a esse estado
de coisas e poderá ser esse, para além do investimento direto estrangeiro estruturante
que a Região consiga atrair, o grande fator de mudança e de superação das inércias
de que padece a economia alentejana.
Muito significativa também a presença do
principal responsável do projeto da Embraer em Évora, Engº João Taborda, que
animou um conjunto de questões à mesa bem relevantes do ponto de vista da criação
de condições de política pública favorecedora desse tipo de projetos.
Na apresentação ao debate, desenvolvi sobretudo o
meu tema favorito da metáfora dos stocks e dos fluxos, salientando o desafio de
grande magnitude que o país e a Região Alentejo em particular enfrenta de combater
a inércia e fragilidade dos stocks (baixas qualificações, incipiente sistema de
inovação empresarial, …) e simultaneamente não desarmar na melhoria sistemática
dos fluxos (novas qualificações avançadas e não só, empresas emergentes).
Cada vez mais identifico o Alentejo com duas
ideias recriadas pela Entidade Regional do Turismo: in Alentejo time is everything; à l’Alentejo le
temps est trouvé. Esta imagem é a meu ver compatível com uma base
produtiva que integre mais conhecimento e mais qualificação.
Sem comentários:
Enviar um comentário