sábado, 29 de março de 2014

SOCIEDADE CIVIL



Hoje, já pelo início da madrugada, cerca de cinquenta pessoas da sociedade civil alentejana discutiam ainda, no ECORK Hotel em Évora, com a minha presença, do Presidente da CCDR Alentejo Dr. António Dieb e do Professor da Universidade de Évora Paulo Neto, meu companheiro nas andanças da territorialização de políticas públicas, as questões das qualificações e da competitividade na antecâmara de um novo período de programação de Fundos Estruturais.
A Associação Alentejo de Excelência é uma manifestação interessante de manifestação da sociedade civil, animada pelo entusiasmo do Dr. José Santos da Entidade Regional do Turismo do Alentejo e com a participação animada de jovens empresários, na qual se destaca uma elevada participação de jovens empresárias. É curiosa esta expressão do género feminino em tudo que mexe de diferente na sociedade alentejana, sobretudo numa sociedade em que as praças tão acolhedoras e reveladoras das amenidades urbanas de um território ímpar ainda nos mostram uma presença massiva do homem (elas estão em casa a preparar o almoço e a concretizar o trabalho de uma semana. A capacidade feminina de empreendimento representa no meu entender uma reação a esse estado de coisas e poderá ser esse, para além do investimento direto estrangeiro estruturante que a Região consiga atrair, o grande fator de mudança e de superação das inércias de que padece a economia alentejana.
Muito significativa também a presença do principal responsável do projeto da Embraer em Évora, Engº João Taborda, que animou um conjunto de questões à mesa bem relevantes do ponto de vista da criação de condições de política pública favorecedora desse tipo de projetos.
Na apresentação ao debate, desenvolvi sobretudo o meu tema favorito da metáfora dos stocks e dos fluxos, salientando o desafio de grande magnitude que o país e a Região Alentejo em particular enfrenta de combater a inércia e fragilidade dos stocks (baixas qualificações, incipiente sistema de inovação empresarial, …) e simultaneamente não desarmar na melhoria sistemática dos fluxos (novas qualificações avançadas e não só, empresas emergentes).
Cada vez mais identifico o Alentejo com duas ideias recriadas pela Entidade Regional do Turismo: in Alentejo time is everything; à l’Alentejo le temps est trouvé. Esta imagem é a meu ver compatível com uma base produtiva que integre mais conhecimento e mais qualificação.

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