Enquanto a sempre eterna senadora Teodora se
delicia com uma proposta (apresentada nas Jornadas Parlamentares do PSD no
Cavaquistão), que a própria considera interessante de estudar, de um novo
imposto sobre a despesa, baseado nos levantamentos de contas-poupança a que
estariam obrigatoriamente associados os salários e as pensões (alguém já
percebeu o que é que o Conselho de Finanças Públicas já concretizou de
relevante? Esforcei-me mas não consegui!), vai sendo publicada informação estatística
que vai desmontando a tese do “milagre económico do ajustamento” sem mácula.
Neste caso, o INE disponibilizou informação
proveniente do inquérito europeu às condições de vida e de rendimento (EU-SILC),
realizado em 2013 reportado ao rendimento do ano anterior.
A evidência dos números mostra entre outras
coisas que:
- A população em risco de pobreza mantém a tendência de aumento (18,7%);
- A linha de pobreza relativa medida por 60% da mediana dos rendimentos monetários líquidos por adulto equivalente situa-se nos 409 euros mensais;
- O risco de pobreza dos menores de 18 anos aumentou;
- As transferências sociais (excluindo pensões) contribuem menos para a redução da pobreza;
- A insuficiência de recursos entre a população em risco de pobreza (a chamada intensidade da pobreza) aumentou;
- A privação material severa também aumentou;
- Persistiu o aumento de desigualdade, sobretudo medido pelas quotas de rendimento dos mais ricos e dos mais pobres (sobretudo o coeficiente S90/S10);
- Apenas melhorou ligeiramente o risco de pobreza dos mais idosos, sobretudo devido a carreiras contributivas mais longas de pensionistas e aos complementos solidários para idosos).
Cara Senadora Teodora não haverá uma palavra do
Conselho de Finanças Públicas sobre esta matéria?
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