A euforia despropositada não é um exclusivo dos nossos governantes nacionais, já que também atinge os seus vizinhos do lado num processo de contágio que tem o seu lado insano! Vejamos os factos diretamente justificativos: primeiro, as previsões económicas de Inverno da Comissão Europeia confirmando uma melhoria da situação macroeconómica espanhola, com especial destaque para um crescimento do PIB estimado em 1% para este ano (um ritmo que, sendo ainda lento, é o dobro do anteriormente esperado e se situa bem acima da recessão de 1,2% registada em 2013); depois, a mesma Comissão retirando a Espanha do grupo dos países submetidos a mais estreita vigilância devido a evidenciarem “desequilíbrios económicos excessivos”. Só que há outros indicadores a contrapor, como os de um défice público que terá rondado os 7,2% do PIB em 2013 e deverá ficar este ano pelos 5,8% (bem acima do objectivo estabelecido de 4,5%) ou os de uma dívida pública que deverá atingir os 98,9% em 2014 (omito deliberadamente os vergonhosos níveis de emprego e desemprego em presença).
Mas festa é festa e a política deste tipo de gente faz-se de números e batucadas. As vinhetas acima glosam e põem a nu quanto o chefe Mariano se deixou tomar pelo contentamento, com os cidadãos a terem de se inspirar no nosso maçon Montenegro para lhe recordar que o país estará melhor mas eles nem tanto e com um Rehn assustado perante os ameaçantes equilibrismos que se lhe depararam vindos de Madrid...
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