As movimentações do centro-direita em torno das
eleições à Câmara Municipal do Porto merecem atenção, sobretudo porque podem
representar antecipações de que mais tarde ou mais cedo haverá derrocada na
atual maioria governativa. Podem também dar indicações sobre o futuro e ambições
políticas de Rui Rio que acabará por ficar na história do poder local no Porto apenas
como um saneador (das finanças) e um demolidor (das torres do Aleixo), sem mais
sinais marcantes (talvez a festa das francesinhas e outras que tais).
São curiosas as deambulações em torno das candidaturas
de Filipe Meneses e de Rui Moreira. O primeiro pesca no entorno social de Rui
Moreira, como é o caso de Aguiar Branco para Presidente da Assembleia Municipal
(a quem o incontornável Alberto João Jardim designava de membro do grupo dos
betinhos do Norte). O segundo pesca noutras águas, talvez para contrariar a
tese de que a sua base de apoio é “fozeira” e muito Marechal Gomes da Costa, e
arranca com Daniel Bessa (o eternamente incomodado com a sua experiência de
aproximação ao PS), que nunca escondeu a sua admiração pela gestão de Rio e que
afinal se não mora na Foz anda lá perto.
A minha curiosidade vai no sentido de saber se
outras transgressões e incursões no centro direita portuense vão ocorrer nos
tempos mais próximos. Folclore há muito, ideias para o Porto para já nem vê-las.
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