O fim de semana é por regra um manancial de
comentários possíveis, tantas e tão variadas são as cabeças pensantes que
espreitam seja nos semanários, seja nos diários em modelo FDS, seja ainda na
TV. Retirando a força do cartoon do António no Expresso, um magnífico
“Descongelar de Portugal” nada de decisivo e transcendente me impressionou.
Chamaram-me a atenção a tese de Mϋnchau de que Portugal avança para um segundo
resgate, contrariado pela tese de alguns segundo a qual o país tem agora a sua
decisiva oportunidade de moderar a Troika interessada em que Portugal não
descole da Irlanda. Teresa de Sousa reclama atenção para a jogada de governação
de Passos Coelho, colocando o PS numa situação de equilibrista em situação
difícil, algo que já aqui havia destacado, no sentido de defender que a
mini-remodelação governamental não pode ser desvalorizada pelo significado que
pode ter em termos de uma nova entourage política assumida por Passos Coelho.
Pacheco Pereira insiste na tese de que o governo começa a consertar a
contragosto o que estragou, mas é uma ideia já avançada no Quadratura do
Círculo da última quinta. Miguel Esteves Cardoso e Maria João expõem-se e
expõem o seu amor que até dói.
Mas o melhor da semana é seguramente a feliz coincidência
que a natureza me proporcionou em Seixas. As aleluias resistiram para além da
Páscoa, revigoradas pelo sol que finalmente as acaricia, os carvalhos estão no
ponto do seu verde irreplicável e as azálias transbordam de vermelho. Este
equilíbrio entre o verde irrepetível que atinge o seu ponto e a explosão de
vermelho das azálias talvez seja simbólico do que tenderá a passar-se lá pelas
bandas da segunda circular em Lisboa pelas 20.15 onde espero que a explosão das
azálias se sobreponha ao verde dos carvalhos.
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