(Fotografia do Financial Times - Uma fila do pão em Nova Iorque em plena Grande Depressão 1931)
Lawrence Summers não é um economista qualquer,
mostrando à evidência que do outro lado do Atlântico há uma outra nata de
pensamento que a velha Europa tem ignorado. Qualquer artigo seu pesa no estado
das ideias e basta recordar que assina com Bradford DeLong o artigo seminal dos
últimos tempos sobre o chamado impacto do estímulo fiscal, ou por via inversa o
peso de uma desalavancagem pública em excesso como nos querem impingir.
Summers assina no Financial Times uma resenha crítica
de uma obra que vale a pena ler e comentar nos próximos tempos: Austerity: The History of a Dangerous Idea de
Mark Blyth da Brown University.
A citação que faço pode ser considerada uma peça
para incorporar nas preciosidades que este blogue tem vindo a colecionar:
“(…) A principal
ironia da crise financeira é que embora seja causada por confiança demasiada,
crédito excessivo e demasiada despesa, só pode ser resolvida com mais
confiança, mais crédito e mais despesa. Isso é exatamente o que é negado pelas doutrinas
da austeridade e esse é precisamente o ponto que a obra Austeridade assume numa
mais larga escala do que qualquer outro estudo que conheço. Isso torna-o simultaneamente
um livro importante mas falhado. Keynes, afinal foi aquele que disse que: “As
palavras têm de ser um pouco cruas pois são assaltos de pensamentos no impensável.”
Sem comentários:
Enviar um comentário