sábado, 13 de abril de 2013

SUMMERS DIXIT

(Fotografia do Financial Times - Uma fila do pão em Nova Iorque em plena Grande Depressão 1931)


Lawrence Summers não é um economista qualquer, mostrando à evidência que do outro lado do Atlântico há uma outra nata de pensamento que a velha Europa tem ignorado. Qualquer artigo seu pesa no estado das ideias e basta recordar que assina com Bradford DeLong o artigo seminal dos últimos tempos sobre o chamado impacto do estímulo fiscal, ou por via inversa o peso de uma desalavancagem pública em excesso como nos querem impingir.
Summers assina no Financial Times uma resenha crítica de uma obra que vale a pena ler e comentar nos próximos tempos: Austerity: The History of a Dangerous Idea de Mark Blyth da Brown University.
A citação que faço pode ser considerada uma peça para incorporar nas preciosidades que este blogue tem vindo a colecionar:
(…) A principal ironia da crise financeira é que embora seja causada por confiança demasiada, crédito excessivo e demasiada despesa, só pode ser resolvida com mais confiança, mais crédito e mais despesa. Isso é exatamente o que é negado pelas doutrinas da austeridade e esse é precisamente o ponto que a obra Austeridade assume numa mais larga escala do que qualquer outro estudo que conheço. Isso torna-o simultaneamente um livro importante mas falhado. Keynes, afinal foi aquele que disse que: “As palavras têm de ser um pouco cruas pois são assaltos de pensamentos no impensável.”

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