Como várias vezes temos referido, os dois titulares deste blogue não se articulam nos desenvolvimentos por que optam e a coisa tem batido quase sempre certo. Hoje foi uma daquelas exceções em tivemos a mesma tentação e, ao que parece, nela estivemos a operar quase em simultâneo. Acontece que o meu scanner me deu problemas e acabei ultrapassado em cima da meta pela “Maldita Engenharia Financeira” do companheiro do lado. Ainda assim, decidi desistir da infografia (já inserida no post acima deste espaço) mas manter o essencial do texto já escrito. Que rezava como segue.
Com a larga diferença de estilo que a imagem elucida, os matutinos de hoje – no caso, o “Correio da Manhã” e o “Público” – dão conta de mais um episódio da remodelação permanente a que parece ter aderido o nosso “troikista” (ou trotskista?) primeiro-ministro.
Essa história da contratação de derivados financeiros por pueris e inconscientes gestores públicos – como aconteceu com os dois secretários de Estado envolvidos, o valonguense Paulo e o maiato Juvenal – deve ser séria e, sobretudo, incorria no risco sério de chamuscar “gado graúdo” – fala-se de Marco António e Maria Luis Albuquerque –, visto que a substituição dos primeiros foi imediata e que os seus sucessores até já tomaram posse. E, à boleia deles, mais outros três novos governantes – devagar, devagarinho…
É obviamente obrigatório que a sequência deste processo seja dotada da máxima transparência. Quer porque a sociedade portuguesa já não está em modo de aguentar novos “buracos” sem consequências – e este pode ter uma dimensão que, embora sem a mesma gravidade criminal, não é de envergonhar quando comparado ao do BPN (mais de 3 mil milhões de euros de perdas potenciais, sendo mais de 830 milhões atribuíveis à “Metro do Porto” em que estiveram os referidos Paulo e Juvenal) – quer porque o chefe do Governo se projetou a si próprio como o grande patrono e arauto da moral pública.
Que mais poderá ainda acontecer ao governo de Passos?
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