terça-feira, 9 de abril de 2013

PRECIOSIDADES (2)

(Fotografia de Miguel Manso, Jornal Público)


António Nóvoa, reitor da Universidade Clássica de Lisboa, é daquelas personalidades que bastaria uma centena da sua envergadura para colocar o país num outro patamar.
Com a autoridade, a coragem e a frontalidade que o caracterizam e que tanto o diferenciam na sociedade portuguesa, António Nóvoa, através de comunicado, coloca Vítor Gaspar no lugar que a má história um dia lhe vai dedicar. O título “Não é fechando o país que se resolvem os problemas do país” denuncia o bloqueamento das instituições democráticas e do próprio país e não fica por menos: “Quem, num quadro de grande contenção e dificuldade, tem procurado assegurar o normal funcionamento das instituições, sente-se enganado com esta medida cega e contrária aos interesses do país”.
O superliberal e campeão da governação por folha de cálculo fria e anónima, Vítor Gaspar, assina por despacho uma espécie de estado de exceção, afinal o melhor indicador de que afinal nunca controlou efetivamente os rumos da despesa pública.
País que tem homens como António Nóvoa é necessariamente um país com futuro, mesmo que sejamos obrigados a tatear em busca de uma governação minimamente decente e credível. E não está fácil.

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