(Fotografia de Miguel Manso, Jornal Público)
António Nóvoa, reitor da Universidade Clássica de
Lisboa, é daquelas personalidades que bastaria uma centena da sua envergadura para
colocar o país num outro patamar.
Com a autoridade, a coragem e a frontalidade que
o caracterizam e que tanto o diferenciam na sociedade portuguesa, António Nóvoa,
através de comunicado, coloca Vítor Gaspar no lugar que a má história um dia
lhe vai dedicar. O título “Não é fechando o país que se resolvem os problemas
do país” denuncia o bloqueamento das instituições democráticas e do próprio país
e não fica por menos: “Quem, num quadro de grande contenção e dificuldade, tem
procurado assegurar o normal funcionamento das instituições, sente-se enganado
com esta medida cega e contrária aos interesses do país”.
O superliberal e campeão da governação por folha
de cálculo fria e anónima, Vítor Gaspar, assina por despacho uma espécie de
estado de exceção, afinal o melhor indicador de que afinal nunca controlou efetivamente
os rumos da despesa pública.
País que tem homens como António Nóvoa é
necessariamente um país com futuro, mesmo que sejamos obrigados a tatear em
busca de uma governação minimamente decente e credível. E não está fácil.
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