Como o António Figueiredo já adivinhava, bastou o surgimento da oportunidade – o recentíssimo estudo do BCE sobre as finanças e o consumo das famílias europeias, segundo o qual os alemães poderiam ser em média mais pobres do que os espanhóis, os italianos, os gregos e os cipriotas, embora no quadro de uma metodologia contestada por valorizar mais o património do que o rendimento – para que aqueles nossos amigos viessem de imediato a terreiro no sentido de contra-atacar.
E logo nas páginas do “Der Spiegel”, cuja última capa (ver acima) tem por título “A mentira da pobreza”, por subtítulo “como os países europeus em crise escondem a sua fortuna” e por imagem um velho montado num burro e atirando notas ao vento!
Dentro, as referências são sintomáticas da perigosa e lamentável escalada – com interrogações como “o resgate do euro é equitativo quando as pessoas do país que recebe são mais ricas do que do país que dá?” ou “a Alemanha vai pôr em causa os mecanismos de resgate usados na zona euro?” –, e culminam com a moral de que “já tarda um debate sobre uma nova partilha do fardo”…
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