quarta-feira, 10 de abril de 2013

THATCHER PARA O PURGATÓRIO?


Não tenho quaisquer dúvidas sobre o sentido patriótico e de Estado da baronesa Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990 e anteontem falecida no Ritz de Londres. Mas torço o nariz à afirmação de que tenha sido “a maior líder política britânica depois de Churchill”, como afirmava ontem João Carlos Espada – porque a mensagem que ficará a marcar o “thatcherismo” (e o “reaganismo”, seu irmão de além-Atlântico) acabará por não ser tanto a da “vitória do bom senso do homem da rua sobre as ideologias coletivistas” como a de um contributo determinante para a falência dos Estados-Nação às mãos dos mercados e de um poder financeiro insaciável e sem baias. As reações à morte de Margaret por parte de alguns dos seus conterrâneos já sinalizam uma discutível passagem à posteridade; ainda que os juízos contemporâneos pouco valham perante o julgamento que a História necessariamente fará…

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