terça-feira, 16 de abril de 2013

FORNICAÇÃO TEUTÓNICA


Gerhard Schröder foi primeiro-ministro alemão de 1998 a 2005, isto é, teve responsabilidades centrais em toda uma primeira fase de funcionamento da moeda única europeia, durante a qual também protagonizou a Agenda 2010 (o misto de austeridade e reformas que lançou as bases do atual crescimento económico da Alemanha) e uma defesa acérrima e nem sempre transparente de diversos grandes interesses industriais alemães. Depois cedeu o lugar a Merkel e acabou por sair para a russa Gazprom.

Este controverso personagem é um perfeito exemplar do que significa a social-democracia à alemã, isto é, antes de tudo alemã e só depois social-democracia. A sua mais recente entrevista ao “Der Spiegel” demonstra-o bem, como quando sobre a questão europeia critica ao de leve a atual chanceler – “retardatária na tomada das necessárias decisões para fornecer ajuda e mostrar solidariedade”, assim tendo tornado “a salvação do euro mais cara” – e a elogia no fundamental por não se recusar a prover liderança alemã e por a exercer de um modo restritivo.

Schröder chega mesmo a sublinhar que o posicionamento de Merkel vem na esteira da sua experiência, pois que já ele próprio tinha vislumbrado que “a Alemanha só pode liderar na Europa da forma como os porcos-espinhos acasalam”, isto é, “muito cuidadosamente”! Deutschland über alles

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