segunda-feira, 15 de abril de 2013

AINDA A AFURADA



Chegam-me via José Portugal alguns elementos adicionais sobre o Centro Interpretativo do Património da Afurada que vale a pena partilhar convosco. Agradeço ao José o envio destes elementos.
A imagem acima reproduz segundo o testemunho do José Portugal o“desenho para uma recriação do andor do S. Pedro em que se irá apresentar, por altura das festas, o manto idealizado pela Joana Vasconcelos e executado localmente e em que se pretende utilizar uma imagem do S. Pedro que o escultor Altino Maia  fez nos anos 50 um conjunto de imagens em madeira para a nova igreja, também de desenho de um conjunto de jovens arquitetos alunos do Carlos Ramos. Estas imagens foram mal amadas pela comunidade porque não eram pintadas (!) e por isso lhes chamaram "os santos negros". Um dos vídeos que são apresentados nos ecrãs touch tem imagens surpreendentes da procissão em barcos engalanados que transportou as imagens da Ribeira até à Afurada em grande festa”.
Ainda segundo o mesmo José Portugal, “a imensa informação de imagens históricas e recentes constitui afinal a grande riqueza do espólio daquele centro interpretativo e que tem levado lá ranchadas de mulheres (os homens fazem visitas individuais mais recatadas) que estacionam horas em frente aos ecrãs em ruidosa algazarra porque se veem e aos seus (na inauguração, corriam as lágrimas a uma mulher que ali via "o meu falecido"). O espólio apresentado corresponde a um conjunto de objetos que foram sendo dados pelas pessoas para guarda do Padre Araújo que esteve à frente da paróquia durante 50 anos e que quando abalou levou os objetos consigo para Felgueiras. Após demoradas negociações conseguiu-se que eles voltassem a casa, o que muito sensibilizou a comunidade pelo valor simbólico que lhes atribuía”.

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