Após ter experimentado em 2002 uma gravíssima crise financeira, com reflexos de monta em termos económicos e sociais, a Argentina mergulhou num populismo político (sob a liderança dos Kirchner, Néstor de 2003 a 2007 e sua mulher Cristina desde então) que, apesar dos balões que foi ajudando a insuflar, nunca mais lhe viabilizou uma recuperação saudável e um regresso cabal à normalidade.
Alguns dados preocupantes destes últimos anos já indiciavam problemas em risco de explosão, designadamente a observação de uma forte quebra nas reservas externas do país (num contexto marcado por diversos tipos de contenciosos relacionados com o pagamento da dívida externa acumulada e reescalonada) e com o surgimento de uma inflação a dois dígitos. E de facto, o banco central sentiu-se obrigado a reduzir os seus esforços de defesa do valor da moeda, na sequência do que o governo argentino veio permitir no final da semana passada que a taxa de câmbio oficial do peso conhecesse a sua maior queda diária contra o dólar (15%) desde 2002. Sendo que, no dia imediato, o governo veio também aliviar os controlos existentes relativamente à compra de dólares, mas sem grandes consequências impeditivas de uma continuada queda cambial (quer do peso oficial quer do não oficial ou “dólar azul”).
As cenas dos próximos capítulos são largamente imprevisíveis, mas não deixa de poder prefigurar-se uma situação de contornos preocupantes (Bernardo Erlich já prima pelo pessimismo no “El País” de hoje) e suscetível também de provocar estilhaços sérios à escala regional e até internacional. A ver vamos…
Alguns dados preocupantes destes últimos anos já indiciavam problemas em risco de explosão, designadamente a observação de uma forte quebra nas reservas externas do país (num contexto marcado por diversos tipos de contenciosos relacionados com o pagamento da dívida externa acumulada e reescalonada) e com o surgimento de uma inflação a dois dígitos. E de facto, o banco central sentiu-se obrigado a reduzir os seus esforços de defesa do valor da moeda, na sequência do que o governo argentino veio permitir no final da semana passada que a taxa de câmbio oficial do peso conhecesse a sua maior queda diária contra o dólar (15%) desde 2002. Sendo que, no dia imediato, o governo veio também aliviar os controlos existentes relativamente à compra de dólares, mas sem grandes consequências impeditivas de uma continuada queda cambial (quer do peso oficial quer do não oficial ou “dólar azul”).
As cenas dos próximos capítulos são largamente imprevisíveis, mas não deixa de poder prefigurar-se uma situação de contornos preocupantes (Bernardo Erlich já prima pelo pessimismo no “El País” de hoje) e suscetível também de provocar estilhaços sérios à escala regional e até internacional. A ver vamos…
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