terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MÜNCHAU SOBRE HOLLANDE



Na sua crónica de domingo passado, no Financial Times, Mϋnchau retoma o estender da toalha de Hollande, em termos similares ao que aqui antecipáramos há já alguns dias. Numa interpretação conspirativa que não é a de Mϋnchau nem a nossa poderíamos dizer que o affair extra ligação principal do Presidente francês foi o que melhor lhe poderia ter acontecido atendendo ao que praticamente aconteceu em simultâneo com a revelação das escapadas noturnas. É que mesmo descontando o chauvinismo francês que poderá ter ajudado a desenterrar Jean Baptiste-Say e a sua lei (falácia), a sua invocação equivale a estender a toalha para quem, antes de aceder ao poder, se apresentava como o inspirador de uma alternativa de governação económica para a União Europeia e se apresenta como tal, irreverente nas suas escapadelas, mas terrivelmente submisso para com os que ditam as regras de jogo na macroeconomia europeia.
A sentença final de Mϋnchau é pesada e pairará sobre as eleições europeias:
Quanto à Lei de Say aplica-se certamente a ela própria. É uma teoria económica que criou a sua procura a partir de políticos defuntos. O que a sua invocação também nos diz é que o debate político na zona euro está em grande medida terminado. Aqueles que favoreceram um novo quadro de governação, que também chegou a incluir os Franceses, perderam”.

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