Mais um episódio do folhetim do pedido português de resgate. Ontem em Bruxelas, numa sessão onde também estavam deputados portugueses à Assembleia da República, o inefável Rehn declarou: “Devo dizer que também houve atraso na reação nacional. O programa português começou no Verão de 2011 mas eu lembro-me das minhas primeiras discussões com o ministro das Finanças de Portugal em junho de 2010, um ano antes disso, sobre um possível programa de ajustamento económico, porque víamos que a situação económica de Portugal estava a ficar cada vez mais débil. No meu ponto de vista, quanto mais cedo Portugal tivesse atuado, melhor teria sido para ter êxito no reequilíbrio sem um doloroso processo de ajustamento. E teria sido melhor fazê-lo antes de ter ficado encostado à parede em abril de 2011.” Registando o manifesto atraso com que o marmanjo se decidiu a vir agora a terreiro, ele que praticamente todas as semanas é instado a pronunciar-se sobre os nossos principais temas económicos e políticos e que não raras vezes sobre eles já desbocou em várias e pouco canónicas direções, admito como provável a hipótese de se tratar de um frete cirurgicamente encomendado – mas sempre caberá a Fernando Teixeira dos Santos vir chancelar a respetiva confirmação...
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