segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

KRUGMAN, FROM DUBLIN




A partir de Dublin, onde se deslocou para ser galardoado com o prémio James Joyce, Krugman interroga-se sobre o pretenso sucesso do ajustamento irlandês, analisando a evolução do PIB per capita em termos reais, para depois dissertar sobre evidências impressivas da recessão ainda visíveis na imagem urbana da cidade.
Acrescentámos ao exercício expedito de Krugman os dados de Portugal, primeiro à paridade de poder de compra em percentagem da média da UE a 28 países e depois calculando apenas o PIB per capita em termos reais.

A queda do PIB per capita irlandês é bem mais pronunciada do que a portuguesa, mas em ambos os casos falar de ajustamento bem sucedido é uma construção sem alicerces. No caso irlandês, ainda estamos a 17 pontos percentuais da posição que o país tinha em relação à União Europeia. Mas, claro, todo o discurso do sucesso do ajustamento foi construído em função da saída do resgate financeiro, sem atender aos efeitos concretos desse mesmo resgate. Pura ocultação de informação e de perspetiva.

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