terça-feira, 21 de janeiro de 2014

CLAUDIO, ADIO

(Sciammarella, El País)

Claudio Abbado deixou-nos após uma longa luta contra a doença. Certamente que ficam os seus discos, que me fizeram companhia durante tantas tardes, em casa, primeiro nas salas-escritório por onde fui passando, à medida que a casa se transforma, e agora no meu salão confortável. Tantas vezes ouvi os Concertos para Piano de Beethoven, com a minha devoção Martha Arguerich e a Mahler Chamber Orchestra. Ou a química que se desprendia das suas prestações com a cada vez menos nossa Maria João Pires, com a Orquestra Mozart nos Concertos para Piano nº 27 e 20. Ou ainda a Nona de Schubert com a Chamber Orchestra of Europe à qual retorno sempre que me apetece ouvir algo que me transcenda.

Mas o seu desaparecimento mostra-me que não o consegui ver ao vivo, nem no Porto, nem em Lisboa e que nunca se consumou o vago projeto de ir a Lucerna ao Festival de Verão onde desenvolveu um dos seus últimos projetos e do qual ficou um vídeo espantoso que vejo por vezes em Seixas.
Pura nostalgia.

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