A Cáritas, preocupada com a dimensão do
desemprego de longa duração, criou uma plataforma informática através da qual
pretendia facilitar a colocação de desempregados com essas características
junto das empresas.
Segundo dados da própria Cáritas mais de um
milhar de desempregados de longa duração ter-se-á inscrito na plataforma
acolhendo-a favoravelmente num reduzido espaço de tempo. Até agora, apenas 4
colocações foram realizadas, um resultado desapontador para a bondosa
iniciativa. O responsável da Cáritas ouvido pela TSF, para além de manifestar o
seu desapontamento, admitiu que pode haver ainda um amplo desconhecimento das
empresas quanto à plataforma, interpretação bondosa sem dúvida.
Por circunstâncias da reportagem, a bondosa
interpretação da Cáritas foi rapidamente varrida pela entrada de António
Saraiva, Presidente da CIP. Delicadamente, como é seu timbre, António Saraiva
referiu que nas condições da economia do conhecimento e da economia de hoje é
cada vez mais difícil às empresas contratarem desempregados com estas características. Ou seja, que a
probabilidade de um desempregado de longa duração que se inscreve na plataforma
da Cáritas recuperar o seu emprego é tão baixa que nem toda a bondade do mundo o
poderá remediar.
Desemprego voluntário? Que idiotice ideológica
pode nestes casos ignorar a mais trágica presença do desemprego involuntário?
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