segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DESEMPREGO VOLUNTÁRIO?



A Cáritas, preocupada com a dimensão do desemprego de longa duração, criou uma plataforma informática através da qual pretendia facilitar a colocação de desempregados com essas características junto das empresas.
Segundo dados da própria Cáritas mais de um milhar de desempregados de longa duração ter-se-á inscrito na plataforma acolhendo-a favoravelmente num reduzido espaço de tempo. Até agora, apenas 4 colocações foram realizadas, um resultado desapontador para a bondosa iniciativa. O responsável da Cáritas ouvido pela TSF, para além de manifestar o seu desapontamento, admitiu que pode haver ainda um amplo desconhecimento das empresas quanto à plataforma, interpretação bondosa sem dúvida.
Por circunstâncias da reportagem, a bondosa interpretação da Cáritas foi rapidamente varrida pela entrada de António Saraiva, Presidente da CIP. Delicadamente, como é seu timbre, António Saraiva referiu que nas condições da economia do conhecimento e da economia de hoje é cada vez mais difícil às empresas contratarem desempregados com estas características. Ou seja, que a probabilidade de um desempregado de longa duração que se inscreve na plataforma da Cáritas recuperar o seu emprego é tão baixa que nem toda a bondade do mundo o poderá remediar.
Desemprego voluntário? Que idiotice ideológica pode nestes casos ignorar a mais trágica presença do desemprego involuntário?

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