Não será original que aqui sublinhe quanto Portugal se encontra submerso por tendências demográficas com elevado risco potencial de impactarem desastrosamente a médio e longo prazo. Mas nunca será demais chamar a atenção para duas evidências particularmente dramáticas nesse quadro (informação recolhida no “Diário de Notícias” e no “Expresso”): por um lado, um gráfico que diz quase tudo sobre a evolução da economia e sociedade portuguesas desde os anos 60 e que também ilustra que 2012 foi o ano em que por cá se atingiu um novo máximo histórico de emigração (com mais de 121 mil portugueses a procurarem no exterior as condições de vida e trabalho que o país cada vez menos lhes proporciona); por outro lado, a comparação das presentes distribuições etárias em Portugal e no mundo com aquelas que se preveem para meados do século, pondo a nu os desequilíbrios em termos de natalidade e envelhecimento que já claramente nos atingem e as suas perspetivas de aceleração nas décadas à frente. Pergunto-me: porque falamos tanto de condicionalidade e tão pouco de viabilidade?
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