terça-feira, 21 de janeiro de 2014

LARANJAS BRANQUINHAS

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Tivemos anteontem no “Público” mais uma excelente e exaustiva peça do jornalismo de investigação a que há anos se dedica José António Cerejo (excertos abaixo). O alvo central são, desta vez, as extraordinárias atividades que foi desenvolvendo no sector da Saúde o atual secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho – não sou capaz de compreender como é que um senhor chamado Branquinho chama Agostinho ao filho, mas sigo adiante…

Passo ao lado do assunto propriamente dito, tão clara que é a apresentação que dele é feita, para me centrar em meia-dúzia de curtos comentários de circunstância: (i) Branquinho é licenciado em História, mas aprendera muito enquanto funcionário administrativo do Hospital de Gaia no final dos anos 70; (ii) durante o cavaquismo, Branquinho foi  marketeer quando a sua Nortimagem (NTM) era um espaço amigo e aparentemente próspero; (iii) são curiosos os nomes daqueles que foram sócios de Branquinho (Rui Rio, Aguiar-Branco e Virgílio Macedo são os falados, embora apenas neste âmbito...); (iv) é estranha a coincidência das passagens de Branquinho por onde já andara Marco António Costa (com especial destaque para a vice-presidência do município em que se situa o visado hospital privado onde e para a sua atual secretaria de Estado); (v) o local de recuo de Branquinho parece ser a Misericórdia do Porto, onde regressa sempre que pode (em 1993 como em 2012); (vi) é hoje bem mais entendível qual terá sido a razão que levou Branquinho a renunciar ao lugar de deputado em 2010 em favor de uma ocupação no Brasil por conta de uma empresa cuja existência desconhecia, a reconhecidamente intrigante Ongoing.

De sucesso em sucesso, retalhos de uma vida...

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