quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

FOGUETES?



Confesso-vos que me dividi por dentro, não sei se pondo em conflito o meu hemisfério analítico e o meu outro sintético e intuitivo, ao comentar com os meus botões o resultado da emissão de dívida a cinco anos proporcionada pela descida dos yields da dívida pública soberana periférica. O comportamento da procura, o facto de se ter conseguido uma taxa ligeiramente abaixo da última ida ao mercado para maturidade semelhante e o facto das necessidades de financiamento de 2014 estarem já cobertas a 40% não dá para foguetes, mas proporciona algum fôlego.
Mas há aqui alguma coisa de intuitivo que me incomoda e essa incomodidade resulta de não estar ainda visível a reversão da trajetória da dívida. A incomodidade aumentou quando comparei a taxa conseguida por Portugal de 4,657% da taxa hoje alcançada, para maturidade idêntica, pela emissão espanhola (5.290 milhões de euros à taxa de 2,38%). Mas alguém imagina que é sustentável o financiamento a 4,657%?

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