


As somas envolvidas falam por si, pecando necessariamente por defeito se tivermos ainda em consideração as disponibilidades resultantes da política macroeconómica do BCE, quer em recorrentes injeções de liquidez (ver o segundo gráfico, retirado do diário espanhol “Expansión”, sobre as suas compras acumuladas de dívida da Zona Euro) quer em recentes esforços visando reforçar a margem de manobra das entidades financeiras da Zona Euro através de LTROs (“longer-term refinancing operations”) com taxas de juro em torno de 1% para empréstimos a 3 anos: 489,4 mil milhões de euros realizados após a primeira oferta (22 Dezembro 2011) e em torno de mais 500 mil milhões estimados para concretização ao abrigo da segunda oferta (ilimitada) que foi esta semana anunciada.
Conclusões e interrogações: (i) se fossem somáveis, os montantes dos quatro resgates até agora ocorridos na Zona Euro ascenderiam a um total de 403 mil milhões de euros (240, 85 e 78 para Grécia, Irlanda e Portugal, respetivamente) – não basta fazer as contas? (ii) tudo aquilo foi justificado pela imperiosidade de os bancos poderem prosseguir a sua função central de olearem o sistema produtivo através do crédito às empresas e às famílias – quid? (iii) como não compreender a perplexidade cidadã, tão ingenuamente sintetizada por El Roto (“El País”, http://www.elpais.com)?
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