



Não estou certo de que os franceses gostem de se rever na proteção que lhes é proposta – uma proteção que foi impotente para evitar a recente perda de notação AAA pela sua economia (conforme ilustração de Cécile Bertrand no “Le Monde”, http://www.lemonde.fr) – e que parece reconduzir-se a proclamações seguidistas em relação ao “modelo alemão” e ao fingimento de uma colagem ao mais forte – um fingimento que Merkel ora acarinha (ver imagem acima da recente entrevista televisiva conjunta de ambos) ora maltrata (conforme ilustração de Bas van der Schot no jornal holandês De Volkskrant, http://www.volkskrant.nl).
Não estou certo, também, de que François Hollande tenha todas as “unhas” necessárias para se afirmar como alternativa merecedora da confiança de um eleitorado fortemente descrente e, ainda menos, de que esse enorme “espaço de egos” que é o PSF tenha a sensatez de acabar por permitir que ele faça o seu caminho até ao fim; embora haja dados promissores, dos apoios já declarados às últimas sondagens (30% para Hollande contra 25% para Sarkozy, numa primeira volta em que seria afastado o “perigo” Marine Le Pen, e 57,5% contra 42,5% a favor de Hollande na segunda volta), e esses sejam um dos poucos elementos de esperança que ainda vamos podendo acalentar nesta Europa à deriva…
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