quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SCHÖN...

A primeira página do “Diário de Notícias” de hoje é cristalina ao escolher a manchete “Portugal fora do manifesto de Cameron por estar alinhado com Merkel”. O texto interior de João Pedro Henriques é também claro mas, ainda assim, fui ver o dito “site” oficial (http://www.number10.gov.uk/news/a-plan-for-growth-in-europe). Que reza assim: “A carta [ao Presidente Van Rompuy e ao Presidente Barroso] de David Cameron e onze outros líderes [Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, Holanda, Irlanda, Itália, Letónia, Polónia, República Checa e Suécia] realça oito áreas em que a União Europeia deve priotizar esforços nos meses que aí vêm e precede o Conselho Europeu da próxima semana. A iniciativa segue-se a uma série de encontros bilaterais entre o primeiro-ministro e outros líderes europeus em que David Cameron defendeu repetidamente uma ação concreta a nível da UE para criar empregos e gerar prosperidade. Durante um encontro bilateral com o primeiro-ministro de Itália, Mario Monti, em Janeiro, os dois líderes concordaram em que os seus países deveriam trabalhar conjuntamente no sentido de chegarem a medidas práticas para libertar o potencial do mercado único.” E a carta em apreço termina com um “Enviamos um exemplar desta carta aos colegas do Conselho Europeu”.

Ora, se excluirmos daqueles doze signatários os países que podem ser considerados irrelevantes para este efeito (seja por razões de dimensão ou divergência económica, seja devido à sua particular situação conjuntural ou política, seja ainda por nem sequer pertencerem ao Eurogrupo, como acontece com dez deles – Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Grécia, Hungria, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Roménia), ficamos reduzidos a “cinco magníficos”, encabeçados pela Alemanha: Áustria, Bélgica, França e Portugal! Talvez assim se entenda mais cabalmente o “cartoon” de Bernardo Erlich (em
http://www.elpais.com). Tudo isto seria lindo se não fosse trágico…

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