sábado, 18 de fevereiro de 2012

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No blogue que recentemente iniciou no “El País”, Paul Krugman – uma das personalidades mais frequentadas deste espaço – escreveu ontem que “na Europa, a Grande Depressão foi má, mas esta é pior”.

Reportando a obtenção de novas observações recentes de que a duração da sua presente depressão já é superior à da década de 1930 quanto à situação europeia como tal mais referenciada (Reino Unido), Krugman quis sobretudo sublinhar que o caso britânico não é único. Assim, e recorrendo aos dados dados históricos de Maddison (Universidad de Groningen) e aos dados atuais do Fundo Monetário Internacional (com as previsões para 2012 e 2013), elaborou os elucidativos gráficos acima com relação ao Reino Unido e à Itália (usando dados anuais, sendo os anos zero 1929 ou 2007, respetivamente, e exprimindo o PIB real como uma percentagem do máximo pré-crise em cada caso).

Apesar de reconhecer que, em França e na Alemanha, a situação atual não é pior do que a de princípios da década de 1930 – porque esse foi um período de “políticas deflacionistas terríveis” para ambos aqueles países –, Krugman conclui formulando a assertiva pergunta que segue: “Quando duas das quatro grandes economias europeias têm piores resultados do que na Grande Depressão, pelo menos no que se refere ao PIB, e são três em cinco se contarmos a Espanha, não crêem que os defensores da austeridade deveriam refletir que, possivelmente, vão por mau caminho?”

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