O anúncio das previsões da Comissão Europeia, com uma revisão em baixa do quadro macroeconómico (para -3,3% de crescimento do PIB no caso português – ver gráfico acima, retirado de http://www.expansion.com), foi atentamente acompanhado pelo nosso inefável ministro da Economia:
· primeiro, com um comentário quase digno de La Palisse (“Sabendo que Portugal é uma economia aberta, cujo setor mais dinâmico atualmente é o setor exportador, quando os nossos parceiros económicos, os nossos parceiros europeus, crescem a ritmos menos elevados nós também somos afetados. Foi exatamente isso que aconteceu. No entanto, gostaria também de realçar que previsões macroeconómicas são sempre previsões macroeconómicas. Ou seja, é natural que estas previsões tenham de ser revistas posteriormente. Eu relembro por exemplo que, no ano passado, a previsão da Comissão Europeia para Portugal era um decréscimo de 1,9% do nosso PIB e o decréscimo foi inferior, foi de 1,5%.”);
· segundo, com o pomposo anúncio de uma Reforma do Serviço Público de Emprego em que, entre muitas outras coisas, os desempregados inscritos passarão a ter um “gestor de carreira” (com que recursos, com que poderes, com que formação?!?) e a afirmação de que “com estas alterações, que contarão com a participação ativa dos empresários e dos sindicatos, o Governo conta aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregados pelos Centros de Emprego – que são mais de 3 mil por mês – e assegurar um aumento em 20% do número de ofertas captadas pelos Centros de Emprego até ao final de 2013.”
Fiquemos descansados, pois, porque alguém está a zelar por nós lá para os lados da Horta-Sêca, onde parece que até rendeu bem o trabalho de terça-feira de Carnaval…
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