Mais acima, uma curiosíssima indicação sobre os países que registaram no ano transato os seis maiores excedentes e os seis maiores défices da balança de transações correntes. Chamo a atenção para o primeiro grupo de seis, os grandes excedentários da economia mundial e, portanto, como sugere o autor, aqueles que “num mundo inundado em endividamento se aproveitam efetivamente da procura gerada noutras paragens sem fazerem os necessários sacrifícios no sentido da manutenção do crescimento económico global”: inesperadamente (?) à frente da classificação, e a boa distância do segundo classificado (China), a Alemanha; depois, e por ordem decrescente, um grande exportador de petróleo (Arábia Saudita), um exemplo-tipo de um pequeno país com moeda própria (Suíça), um filhote europeu dos alemães (Holanda) e um tigre asiático (Coreia).
Mais abaixo, um gráfico algo mais complexo mas também extremamente esclarecedor ao revelar os países com maiores contributos para os desequilíbrios à escala global ao longo das últimas mais de três décadas. Emergem com clareza diversas situações a sublinhar – a ascensão e queda do Japão, os recentes e rápidos avanços da China, os ganhos associados à especificidade dos petro states (agora em risco de ser abalada pela quebra dos preços do petróleo) e a dinâmica dos “tigres asiáticos” –, sendo novamente a Suíça, por um lado, e Alemanha e Holanda, por outro, os destaques europeus.
Aqui fica assim alguma food for thought, sobretudo útil enquanto contributo para uma melhor compreensão dos desequilíbrios e das distorções que marcam a nossa cada vez mais adorável Zona Euro...
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