Aí está o País a passar das ameaças de populismo e mediocridade às efetivas concretizações. O primeiro a avançar foi um tal Sousa Neto, Henrique José de seus nomes próprios, antecipando-se assim a Marinho e Pinto, Paulo Morais, Rui Rio e várias outras “aves raras” que se adivinham e esperam como candidatos à sucessão de Aníbal. Voltando a Henrique José: quando se lhe aproximam os 79 anos, é legítimo que um homem que tanto esforço fez por aceder a um lugar político visível e alegadamente poderoso – ele nunca perdoou a Guterres não ter sido o seu ministro da Economia em 1995, em 1996 ou em 1997! – sinta o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés e queira jogar a sua última e desesperada cartada. Até porque, mais ou menos manifestação de inconsequência como quase sempre foi seu timbre na vida pública, o pior que lhe pode acontecer acabam mesmo por ser algumas fotografias menos boas que possam surgir em revistas e jornais mais atentos e abertos aos grandes e vaidosos senhores das lapalissadas absolutas e das glórias efémeras. Tenho também a vaga impressão de que Sousa Neto criticou Soares quando este se decidiu por uma candidatura contra Cavaco aos 80 anos, mas essa será apenas uma das suas menos artísticas cambalhotas. Do que estou mais certo é da duvidosa qualidade que procura fazer passar da sua vida e experiência empresarial – não sei se ele está para isso mas, pelo sim pelo não, alguém que pergunte o que terá a dizer sobre o dito o seu ex-sócio na Iberomoldes Joaquim Meneses...
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