domingo, 22 de março de 2015

A EUROPA AOS SOLAVANCOS


Mais um gráfico esclarecedor sobre o deplorável currículo da nossa Zona Euro. Desde a sua criação e até à explosão da crise de 2007/08, verificou-se uma progressiva convergência entre os três grandes grupos de Estados membros considerados (a rica Europa do Norte a perder alguns pontos em relação à média, a mais remediada Europa do Sul a mexer um pouco no sentido ascendente e a Europa Oriental e do alargamento a reduzir com certo significado os seus níveis de atraso). Após 2008, e enquanto o primeiro e o último grupos de países quase estabilizaram as suas posições relativas, as economias do sul (aqui Itália, Espanha, Portugal e Grécia) experimentaram uma forte queda largamente tributária do impacto atribuível aos processos de ajustamento ou austeritários (aliás diferenciados, embora marcados pelo mesma matriz de tratamento) a que foram sujeitos. Ou seja: não apenas a convergência inicial dos níveis de vida tinha uma importante dimensão aparente, e era portanto insustentável, como viria depois a produzir-se uma divergência tão expressiva quanto veio a colocar os ditos países em inimagináveis situações económico-sociais. Voltarei a este assunto que mais não é do que uma evidência palpável do tal “monstro que criamos”...

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