(John Authers, http://video.ft.com)
A valorização que o dólar (no gráfico acima, um índice relativo ao comportamento do dólar em relação a um cabaz de moedas ponderado pelas trocas comerciais) tem conhecido desde o último Verão é uma das maiores continuadamente registadas desde o fim do regime de câmbios fixos no início dos anos 70. O regresso de um dólar forte, muito também explicável por via das políticas monetárias expansionistas que vêm sendo levadas a cabo pelos grandes bancos centrais um pouco por toda a parte, traz consigo uma possibilidade de modificação significativa de aspetos determinantes da configuração da economia mundial sob a qual estávamos a operar: desde logo, e muito fundamentalmente, ao tender a provocar importantes shifts nas expectativas inflacionistas/deflacionistas do lado de lá e de cá do Atlântico; depois, ao poder contribuir para empurrar a FED no sentido de um retorno a uma alta das suas taxas diretoras, o que iniciará uma trajetória de inversão relativamente ao que tem vindo a verificar-se nos tempos mais recentes. Os indicadores a divulgar durante as próximas semanas ditarão muito sobre as principais escolhas, a acontecerem daqui até ao Verão, mas uma coisa volta a confirmar-se: a Economia está inundada de cientistas exatos, mas vive mais de ciclos e perceções do que das regras e leis que esses vão querendo impor...
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