Era público e notório que a “moral” já se tinha esvanecido há muito e sem deixar rasto. Mas confesso que ontem me parecera exagerada a evocação de Sócrates à palavra “miséria” a propósito de Passos; mal imaginava eu que viria a ser o próprio a dar um primeiro passo de reconhecimento, no caso de alguma miséria material, através da manchete do “Sol” de hoje – “falta de dinheiro” para cumprir obrigações associadas a verbas recebidas só pode querer significar tal coisa e assim que o acusador/pregador Passos também andou afinal a viver acima das suas possibilidades durante aqueles anos. O problema em discussão está agora no plano da junção das duas, nos termos exatos utilizados por Sócrates: “miséria moral”. Sabendo-se que Passos foi repetidamente executado por incumprimento de obrigações fiscais, será que tal poderá desde já constituir um indício de doentia dependência em relação ao vício e ao pecado?
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