quarta-feira, 27 de maio de 2015

A MORAL DE MORAIS


Os machos querem-se assim, corajosos e implacáveis! Mesmo que fora de tempo e em nome de interesses inconfessáveis. Foi num debate com Vera Jardim, na Rádio Renascença, que Morais Sarmento veio mostrar o que vale, em termos aliás estilosos e impagáveis. Tautologicamente frontal – “eu só poderia defender Carlos Costa II se tivesse defendido Carlos Costa I”. Imbecilmente irónico – “se Pedro Passos Coelho quer dar uma medalha a Carlos Costa, dá-lhe no 10 de Junho ou propõe ao Presidente que lhe dê no dia 10 de Junho”. Demagogicamente impreciso – “tudo aquilo que nos impressiona tanto que os responsáveis do Grupo Espírito Santo alegadamente fizeram, que representou um buraco de uns milhares de milhões de euros, é cinco ou seis vezes inferior ao valor que se destruiu durante esses 30 dias e ninguém pede responsabilidades sobre isto”. E, sobretudo, de uma senil perspicácia – “Sabe quem é que eu lá punha agora, nesta altura, para ver se o país entrava a sério? Medina Carreira. Ele já esteve ligado, por amor de Deus não são funções que ele desconheça. Era mais um perfil desse tipo que eu gostaria agora. Não é um homem cinzento, almofadado na lei, sempre a defender sem questionar a tradição e os silêncios, que deu no que deu. Eu gostava mais de um perfil de alguém que se chegasse à frente. Oiça, podia ser, dou-lhe outra alternativa, Almerindo Marques fá-lo-ia também. Estou-lhe a dizer o perfil de pessoas que levam as coisas a sério.” Apetece desabafar dizendo que já houve internamentos por menos...

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