(Elementos
de prática reflexiva de um avaliador de programas e políticas públicas)
Os meus aparecimentos públicos resultam talvez ingenuamente de convites
para os quais a minha capacidade de os influenciar é canhestra senão
inexistente. São, por isso, aleatórias e um pouco erráticas do ponto de vista
temático, o que as transforma num esforço que frequentemente tem retorno
dificultado, dada a não persistência e continuidade de alguns desses convites. E
a minha paciência ou melhor impaciência para alguns contextos tem refinado com
o envelhecimento. É a vida.
Amanhã, no Centro de Congressos da Alfândega, Porto, respondo presente a um
desses convites, para uma intervenção em seminário internacional sobre políticas
de avaliação, que constitui uma oportunidade para aprofundar do ponto de vista
da investigação a prática reflexiva sobre avaliação de programas e políticas públicas.
O seminário está organizado em dois painéis (manhã e tarde), sendo os
palestrantes convidados a debruçar-se sobre as seguintes questões (neste caso
as do meu painel, Painel 1):
§ Como vê a
evolução da aplicação da avaliação pelos decisores políticos, sobretudo no
âmbito dos Fundos Europeus?
§ Quais são as
principais lições a retirar da experiência de avaliação no ciclo de programação
2007-2013?
§ Quais são as
principais forças e constrangimentos dos planos de avaliação para atingir os
objetivos da avaliação dos FEEI?
§ Quais são os
novos métodos, as suas potencialidades e limitações, para a avaliação de
políticas (e.g. contrafactual)?
§ Como promover
a qualidade e a utilidade dos exercícios de avaliação? Qual o papel de
exercícios de avaliação claros e focados para a qualidade dos resultados?
Partilho a minha estratégia de resposta, que poderia classificar de três em
cinco, ou seja, vou concentrar-me em três tópicos, procurando desse modo
percorrer todas as questões em jogo:
Tópico 1
A utilização da avaliação (resultados e processo) e o processo de tomada de
decisão política no quadro dos principais ensinamentos do ciclo de avaliação
2007-2013
Tópico 2
Forças e constrangimentos do Plano Nacional de Avaliação: já teremos um
sistema de avaliação?
Tópico 3
Como tratar a crescente complexidade dos objetos sob avaliação: não apenas
uma questão de uma combinação inteligente de métodos.
Espero divertir-me e não cair em saco roto.
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