(Um pouco
deprimente)
Quem de nós não terá vibrado com o Bridge Over
Troubled Water ou com o
concerto no Central Park (1981) de Art Garfunkel e Paul Simon, lá atrás nas
raízes do tempo. Ora, dentro desta nova rubrica que sublinha as passagens do
tempo em realidades, cenas, pessoas ou quer que o valha que nos tenham
atravessado bem fundo, dei com uma entrevista de Art Garfunkel ao Telegraph (ver aqui), também glosada no
El País (ver aqui).
A reunião acidental de 2003 da parelha anunciava já alguma amargura e a
entrevista ao Telegragh cava ainda
mais essa amargura, lançando para o fim a ideia de que Paul sofre terrivelmente
com o complexo de Napoleão, o homem é de facto muito pequenino. Mas o que
ressalta da entrevista é que a separação de 1970 não está resolvida, sobretudo
com a notoriedade desigual das carreiras a solo dos dois intérpretes, com o
maior êxito de Paul e o relativo apagamento de Art. Uma deprimente passagem do
tempo, sempre que a amargura se confunde com a usura desse tempo. E lembrar-nos
que, em 1981, no Central Park, 600.000 pessoas se
renderam à arte do duo. Mas por detrás do palco há sempre uma outra realidade.
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