quinta-feira, 7 de maio de 2015

INICIA-SE UMA DECISÃO MAIOR



Daqui a algumas horas, os britânicos estarão a votar. Sim, à Quinta-feira, em mais uma de tantas excentricidades que permanentemente sempre nos chega(ra)m daqueles lados. Estas eleições arrastam consigo diversos elementos de especial interesse: a sua enorme imprevisibilidade em termos de resultados, a provável consagração do multipartidarismo enquanto única fonte de soluções governativas e o desvendar do conteúdo que irá necessariamente provir da definitiva abertura dessa autêntica caixa de Pandora que é toda a questão das relações futuras entre o Reino Unido e a União Europeia. Havendo também declinações relevantes, como sejam a passagem de Cameron à posteridade versus a chegada ao poder do “desajeitado” Ed Miliband, o papel nuclear proveniente dos votos escoceses, o peso que poderá ser atingido pelos populistas do UKIP ou a crescente afirmação dos Verdes (particularmente junto do eleitorado jovem), entre vários outros.

A cobertura deste processo eleitoral pelos media locais tem sido, mais uma vez, fascinante e muito profissional. E é nessa linha que, elegendo sobretudo o tratamento do “The Guardian” e do “Financial Times”, quero aqui deixar o registo de alguns dados que retirei da leitura antecipada que as sondagens permitem. Vejam-se então as seguintes cinco peças informativas e de largo potencial analítico.






Prescindo de comentários detalhados, e até talvez maçadores, para me limitar, com o apoio de imagens que julgo de exemplar significância, ao sublinhado dos seis pontos que reputo de fundamentais: a confusão reinante, o papel da agenda eurocética e reacionária do UKIP de Farage e das reminiscências traumáticas do referendo sobre a independência da Escócia nas maiorias perdidas, o provável e desesperado adeus de Cameron, a fria vingança de Miliband, as enormes dores escocesas dos Trabalhistas e o imperfeito universo das soluções pós-eleitorais (com maior probabilidade a ser atribuível, por ordem decrescente, a uma coligação entre os trabalhistas e os nacionalistas escoceses de Nicola Sturgeon, com ou sem o acrescento dos liberais, a um governo minoritário do Labour com acordos de incidência parlamentar junto dos pequenos partidos com alguma representação parlamentar ou a um governo minoritário dos Tories e liberais com imaginativos acordos junto de outras formações partidárias). E se surgissem surpresas mais ou menos contundentes? Amanhã começaremos a saber, sexta-feira confirmaremos e no final do mês teremos fumo branco e caminhos mais claros...

(Christian Adams, http://www.telegraph.co.uk)



(Gary Barker, http://www.toonpool.com)


(Christian Adams, http://www.telegraph.co.uk)

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