(Luís Afonso, http://www.jornaldenegocios.pt)
Este primeiro-ministro é verdadeiramente uma figura. Ou, talvez numa melhor caraterização, um figurão. Senão, vejam só: há dias, no último debate quinzenal no Parlamento, gabava-se animadamente de terem sido criados cerca de 130 mil empregos nos últimos oito trimestres do seu Governo para logo lançar uma venenosa farpa – “não sei se se recordam de uma antiga promessa eleitoral de criação de 150 mil postos de trabalho”.
Pois bem, desta vez Passos não mentiu mas o facto é que também não quis dizer toda a verdade e essa é a de que omitiu – certamente por esquecimento, como podia ser de outra maneira? – toda uma primeira fase do seu Governo em que caiu muito acentuadamente o número de pessoas com trabalho (gráfico abaixo, com a devida vénia ao jornalista Nuno Aguiar). Ou seja, e para sermos completamente rigorosos, há um tempo que Passos reconhece (2013 e 2014) em que se criaram 123 mil empregos e um tempo que Passos não reconhece (2011 e 2012) em que se destruíram 420 mil empregos. E, pelo andar da carruagem, tudo indica que 2015 também poderá acabar por nunca ter existido...
Afinal, tudo se reconduz a mais um outro português que não lida maravilhosamente bem com a verdade!
Afinal, tudo se reconduz a mais um outro português que não lida maravilhosamente bem com a verdade!
(Bart, http://www.jornaldenegocios.pt)
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