quarta-feira, 6 de maio de 2015

A FORÇADA ORFANDADE DE MARINE



Não fora a extrema perigosidade da mensagem que difundem fazer com que deles de todo não gostemos, seria triste este rompimento familiar entre um pai idoso e uma filha que dava todas as indicações de ser a sua fiel seguidora. Como também triste seria a observação nua e crua de um homem à beira dos 87 anos em clara decadência e perda de faculdades.

Mas sendo os protagonistas quem são, e representando eles o que representam, foi com algum prazer que acolhemos a patética cena do Primeiro de Maio em que o decrépito Jean-Marie tudo fez para secundarizar/desprezar o papel da líder do partido e sua descendente Marine. Como também várias outras pérolas que tem vindo a proferir sem qualquer pudor paternal, político-estratégico ou humanitário, numa bravata nostálgica de fim de festa altamente influenciada por índices já extremados de aterosclerose e senilidade. Entretanto, e já hoje, o “Libé” faz capa com uma denúncia da abominável cretinice sexista que foi uma constante do modo de estar na vida de Jean-Marie Le Pen.

Aqui chegados, não nos deixemos todavia iludir por estes grotescos episódios – sobretudo porque, se o velho já morreu e ainda não tomou disso conhecimento, a filha é mais burilada, já tomou medidas interditivas do progenitor e os seus ideário e determinação continuam bem vivos e capazes de fazer estragos muito sérios...

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