quarta-feira, 20 de maio de 2015

UM CALIFADO ISLÂMICO NA MESOPOTÂMIA?

(Turhan Selçuk, http://www.lemonde.fr)


Apenas um breve ponto de situação sobre a extensão da onda de violência, da calamidade humanitária e do irremediável desastre fraturante que vai acontecendo aos atónitos olhos do mundo ali para uns lados não muito longínquos que já assumiram um importante papel civilizacional (lembram-se da Mesopotâmia e dos famosos rios Tigre e Eufrates?) e onde ainda não há muito tempo existiam dois relevantes e relativamente estáveis países árabes do Médio Oriente, a Síria e o Iraque (um testemunho fotográfico desses anos de abertura desenvolvimentista está patente na Bienal de Veneza, no quadro de uma exposição da obra fotográfica de Latif Al-Ani). Mesmo aceitando que estamos perante um tema geoestratégico complexo, não devemos deixar de prestar a seu respeito o devido tributo a quem tão inconscientemente o tratou como a um elefante numa loja de porcelana – George W. Bush e a sua administração distanciadamente à cabeça, Tony Blair em segunda linha e os sempre servis Aznar e Durão no final de uma fila a que também podem aspirar aceder tutti quanti embarcaram por radicalismo ideológico numa das maiores mistificações da História recente...

(Bagdad, 1961 – rua Rachid e mesquita Haydar-Khana)

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