sexta-feira, 15 de maio de 2015

ENTRELINHAS BRITÂNICAS

(Construção própria a partir dos dados oficiais)


É interminável o manancial informativo que vai sendo disponibilizado ou tornado analiticamente manuseável em torno das eleições britânicas. E se o gráfico de baixo apenas serve para realçar um ponto já aqui sublinhado pelo meu colega de blogue – o lado altamente enganoso da lei eleitoral no tocante à relação entre a percentagem de votos e o número de lugares parlamentares conquistados –, o de cima mostra à saciedade quanto os liberais-democratas foram o grande bombo desta “festa” e, sobretudo, as tendências de evolução partidária mais salientes e que ficaram encobertas pela distribuição final das cadeiras, a saber: os populistas do UKIP a aumentarem o seu peso eleitoral relativamente a 2010 em quase 10% (à atenção de quem desvalorizar o referendo europeu e também explicando aquela fita da demissão seguida de recuo por parte de Farage) e os Verdes a conseguirem chegar a uma expressão nacional (quase mais 3% de votos face a 2010) que prenuncia outros voos. Elementos complementares a observar em proveniência de um Reino Unido que vai estar obrigatoriamente no olho do furacão europeu...

(Os líderes do UKIP e dos Verdes caricaturados por Rebecca Hendin em http://www.politico.com)

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