O principal representante do Estado chinês na EDP deu há dias uma entrevista ao “Público” em que fez, nomeadamente, a afirmação acima. Ele que, apesar de gostar de se apresentar como um “cidadão independente” e sem “uma visão partidária”, nunca deixou de agir politicamente em nome ou por conta do PSD – cito-o: “sempre procurei servir o país nas três missões políticas que me foram pedidas ao longo da vida: ser ministro das Finanças no último governo de Cavaco Silva; negociar com o PS a viabilização do Orçamento do Estado de 2011; e fazer uma proposta para o programa eleitoral do PSD”; e ainda se fez esquecido sobre o papel que igualmente desempenhou à frente da delegação laranja no quadro da negociação do memorando da Troika... –, veio agora a destempo lembrar pecados velhos. De facto, onde pararão aqueles famosos e gigantescos consumos públicos intermédios que Passos e Catroga tanto e tão corajosamente garantiram a pés juntos que, em caso de vitória eleitoral, iriam ser liminarmente cortados para efeitos libertadores dos cidadãos portugueses? E na atual conjuntura, ao que parece, este último entende agora que aquele devia pedir desculpa aos portugueses por ter levado a cabo um colossal aumento de impostos em vez de uma colossal redução da despesa, mas não esclarece se ainda continua a vislumbrar gorduras excessivas no Estado e se considera existirem condições para que aquele renove as suas vãs promessas do foro dietético...
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